Há já algum tempo que não visitamos o centro de Lisboa, progressivamente ocupado por estrangeiros, turistas, empresários e trabalhadores.
Passeando pela rua Augusta, salta à vista o denso transito de turistas e a ocupação total do centro dessa via por mesas dos muitos restaurantes que vão substituindo as lojas clássicas de moda e outras atividades de algum luxo que caracterizavam Lisboa.
Agora os pasteis de nata ganham espaço e protagonismo nas montras e os turistas, rendidos, fazem fila no balcão.
Achamos que seria bom entrar num dos poucos cafés com mesas. Reparamos logo que a bica custava 1,7 €. Na linha de Cascais o preço em local bem mais agradável e melhor frequentado custa 70 ou 80 cêntimos, até mesmo em algumas esplanadas.
De qualquer modo o ambiente não nos agradou, dado o facto de os empregados serem todos asiáticos sem experiencia ou simpatia e os clientes estrageiros, o espaço não era interessante e o mobiliário desconfortável, não há vistas para o exterior. Nada justifica os preços, é pura especulação.
Resolvemos regressar a casa mas, ao passar pela rua da Prata, reparamos num bar espanhol muito apelativo.
A exposição e menu confirmavam isso mesmo, sentamo-nos numa mesa de quatro lugares e logo a seguir, sentou-se um casal conversador, eram ambos peruanos, ele trabalha em Dublin, ela em Madrid e vieram passear em Lisboa.