quinta-feira, 29 de junho de 2017

Ouro no rio Anços - SOURE

OURO NO RIO ANÇOS 

A quebrada é um local aprazível que tem sido votado ao abandono, tornando-se quase inacessível.
Ultimamente a autarquia de Soure efetuou alguns trabalhos de requalificação e sustentação do açude que separa o rio de uma levada que foi projetada para abastecer alguns moinhos e regadio.
Ali se forma uma piscina ou praia fluvial de água pouco ou nada poluída.
Mas, na proximidade existem outros locais semelhantes praticamente desconhecidos.
Presta-se para a criação de trilhos com levadas e passadiços que são atracão de muitos destinos turísticos.
Espera-se que a par desta requalificação sejam estabelecidas regras e condições para que este espaço seja utilizado com civismo.
Um casal amigo, ao qual fizemos uma apresentação da zona, recorda que um projeto de aproveitamento turístico deste tipo será facilmente subsidiado pela comunidade europeia, como sucede no seu país.
Na sua região há cerca de 300 Km de cursos de água na sua maioria devidamente regulados e aproveitados para atividades lúdicas.
A meu pedido o Francis ensaiou uma pesquisa de ouro, obi que o leva a trazer sempre consigo o necessário equipamento, sempre que viaja.  Na sua breve pesquisa encontrou vestígios de ouro.
Francis e esposa visitaram a quebrada em Paleão e adoraram O Francis, amante da natureza
 gosta de pescar e pesquisa ouro como obi. Lamentou a falta de aproveitamento paisagístico, turístico  e desportivo.
Nascente do rio OURÃO situada no concelho de Pombal
que ali faz uma captação de água.

Perto da Figueirinha, outra nascente dá origem a um pequeno rio chamado OURÃO, que desagua no rio Anços percorrendo apenas cerca de 1 Km até se encontrar com este rio. Esta nascente é pouco sensível a secas ou excesso de pluviosidade, mantém um caudal abundante e regular durante todo o ano.
Em Soure há uma confluência de três cursos de água: o rio Anços, a Levada e o rio Arunca que tem caudal muito irregular e frequentemente poluído.
Não obstante é ele que, passa a dar o nome ao conjunto destas águas e desagua no Mondego.

OURO PARA EXPLORAR
O nosso amigo Francis
ensaia pesquisa no Anços
Nos cursos de água de Soure entre charcos, pauis, rios, valas, levadas e represas surgem frequentemente garças, galinhas de água, cegonhas, lontras e outras espécies que testemunham a presença de abundante fauna.
Em pleno centro da vila de Soure organizam-se concursos de pesca, no rio Anços na vizinhança das águas do rio Arunca, por vezes poluídas onde se misturam no local da sua confluência.
Uma boa gestão das águas e uma politica de repovoamento seria um ponto de partida para dar ao concelho uma oportunidade temática, ponto de partida para o desenvolvimento turístico da região que carece de estímulos económicos para fixar e revitalizar as suas populações.
Soure poderia ter um papel de relevo no sector de pesca amadora e ser um exemplo na requalificação dos cursos de água e seu aproveitamento turístico.

Confluência dos rios Anços e Arunca em Soure
mais à esquerda fora da foto a Levada completa o trio de rios
que confluem neste local..
Do lado esquerdo vê-se o rio Anços, podem observar-se os espaços destinados aos pescadores durante os concursos.
Do lado direito é o rio Arunca cujo  caudal chega a ser escasso ou nulo e a água muito poluída. Por vezes parecem peixes mortos que são notícia nos jornais. Um pouco mais para nascente há outra represa pelo que a água fica estagnada nessa parte do rio.
A aparente semelhança resulta do facto de haver a jusante uma represa que nivela os dois cursos de água.






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Percalços de um pegador de touros - verídico



Uma história verídica

Num fim de tarde nos anos 90, no bar do casino, um grupo de amigos confraternizava, quando o leader do grupo, um conhecido bravo e corpulento pegador de touros, chamou a atenção dos companheiros para dois cavalheiros que chegavam nesse momento.
Bem vestidos, e com modos de pessoas de bem, sentaram-se e encomendaram bebidas ao bar man que saiu do balcão para os atender. Tudo isto era suspeito e de virilidade duvidosa...
Quando regressava ao balcão foi chamado pelo chefe do grupo, cliente assíduo, que lhe perguntou em voz baixa, o que é que os tais cavalheiros haviam pedido.
Um whisky e um brandy, disse ele.
Então o senhor vai-lhes servir, em vez disso, dois copinhos de leite morno...
Conhecendo bem o seu perfil agressivo, por vezes violento e, encolhendo os ombros fez o que ele disse, preparou dois copos de leite e levou-os à mesa dos dois cavalheiros dizendo que era oferta dos clientes da outra mesa e acenou com a cabeça.
Tendo já reparado no grupo quando entraram e, não aparentando sinais de surpresa ou indignação, começaram a beber e até brindaram de longe ao grupo, que recebeu o cumprimento com agrado e sorrisos.
O pegador deu uma cotovelada cúmplice ao companheiro do lado.
Passado algum tempo, os "intrusos" levantaram-se. Um deles dirigiu-se ao balcão e o outro disse que ia buscar um isqueiro ao carro e regressou rapidamente para junto do companheiro.
Chamando o empregado, segredou-lhe para ele lhes servir as bebidas inicialmente pedidas e dois copinhos de leite ao senhor mais forte do grupo, obviamente o chefe, ao mesmo tempo colocava ostensivamente o "isqueiro" sobre a mesa, um revolver de bom calibre.
O empregado, embaraçado e receoso encheu dois copos de leite idênticos aos anteriores e dirigiu-se, trémulo, ao grupo, sussurrou qualquer coisa ao ouvido do toureiro e colocou à sua frente os dois copos.
Ao balcão, os dois clientes iam saboreando descontraidamente as suas bebidas.
O forcado bebeu um dos copos com aparente agrado e até com alguma sofreguidão e, quase a terminar o segundo copo, olhou de soslaio para o balcão onde estavam os dois "maricas".
Enquanto um deles pagava a despesa, o outro pegou na arma e com gesto quase profissional, guardou-a no coldre que trazia dissimulado debaixo do casaco.
Vendo que estava a ser observado, levantou o seu cálice de aguardente velha e saudou uma vez mais o grupo.
O Nuno bebeu então e de um só trago o resto do leite, observando o "casal" que saía da sala de mão dada.
Foi isso que lhe pareceu, muito embora o seu ângulo de visão não fosse o melhor mas e, desta vez, a bebida nem sequer caíra mal.
Murmurou baixinho e interrogando-se a si próprio, Quo Vadis?